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BoxHouse - São Paulo

  • Caroline Nobre
  • 18 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

O conjunto habitacional Box House, implantado em um terreno no bairro de Brasilândia, zona norte da cidade de São Paulo, era formado por pequenas chácaras, e aos poucos foi sendo loteada e edificada pela autoconstrução, conferindo ao local a paisagem dominada pela falta de planejamento.

Quebrando paradigmas da nossa sociedade, este projeto nada mais é do que a demonstração de que uma habitação de baixo custo no Brasil pode ter qualidade funcional e estética sem custos elevados. Um projeto desenvolvido pelo Arquiteto Yuri Vital, marcado pela sua limpeza formal, racionalidade estrutural e baixo custo, tratava-se de um produto para uma incorporadora nova que tem como finalidade a concepção de imóveis com boa qualidade a preços baixos.

O projeto traz diretrizes bem marcadas como a opção de projetar casas modulares, o que reduziu significativamente o planejamento de custos iniciais, já que o gasto com as fôrmas para a construção das casas padronizadas é bem inferior aos das casas com projetos independentes.

A solução estrutural concebida pelo arquiteto contou de uma estrutura mista na qual a laje com grande balaço seria contraventada engastando em uma viga (de forma chata para que não fosse visível na parte inferior) que se conecta à estrutura principal da casa. Assim concluiu-se a estrutura “mista”, entre alvenaria estrutural e estrutura convencional.

Concebido em um terreno alto com um grande declive, o projeto previu uma rua interna cuja finalidade foi ligar as unidades habitacionais do condomínio, além de gerar um eixo que usufruísse da visibilidade do entorno. Ao todo, são 17 casas, com 47 m² cada uma, dispostas em duas fileiras separadas por uma rua particular.

Devido à solicitação do cliente em criar uma vaga de garagem para cada unidade, e não um estacionamento coletivo, a área para construção do projeto estava ficando comprometida, pois se a vaga fosse na frente da unidade, perderia-se espaço inviabilizando as 17 unidades, e se a vaga fosse abaixo da casa, não poderiam ser construídos os dois pavimentos, que ultrapassariam o limite de 6m de altura, exigido pela prefeitura de São Paulo. Assim, foi idealizado um meio nível abaixo do perfil natural e um meio nível acima, solucionando o problema. A solução encontrada foi locar a garagem e o depósito no nível mais baixo, que seria sobreposto pela sala, lavabo, cozinha, e área de serviço, e por fim seriam cobertas pelos dois quartos, um deles com varanda, e um banheiro.

As áreas molhadas das unidades foram concentradas tecnicamente e formalmente gerando o menor custo e melhor benefício. A caixa d’água tornou-se a solução estrutural e plástica do projeto, sendo localizada na fachada frontal da unidade, diferenciando-se das demais unidades habitacionais do mesmo porte, foi produzido um vasto material de detalhamento.

REFERÊNCIA: http://www.solucoesparacidades.com.br/wp-content/uploads/2013/10/AF_SP%20BOX%20HOUSE%20WEB.pdf

http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/09.104/2976


 
 
 

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📍Capixaba, com sede de mundo!!
🎓 Futura Arquiteta Apaixonada

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